Canoagem do rio verde ate Rio Maranhão(Quebra_Linha) Goias em 2014

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Há dois meses um colega leu um relato de uma trilha aqui no forum e respondeu me convidando pra uma pernada. Pra minha surpresa, sou vizinho da mãe dele há mais de vinte anos e nenhum de nós sabíamos do interesse mútuo por esportes em contado com a natureza. O Adriano mora em Brasília e vem sempre à Uruaçu e num dia desses ele apareceu pra fazer uma visita.

Conversamos sobre as possibilidades de trilhas por aqui e combinamos de uma pernada juntos. Num dado momento surgiu o assunto da canoagem e o Adriano disse que tinha feito uma descida de duck no Rio Corumbá e adorou, estava pensando em comprar um pra começar a descer os rios daqui, inclusive já tinha um projeto de uma descida de 86km pelo Rio dos Patos. Perguntou-me se eu tinha interesse e me animava a entrar nessa com ele. Topei de imediato e falei com ele que há pouco mais de dois anos comprei um caiaque inflável da Intex pra brincar no lago na chácara. Remei algumas vezes com ele em água parada, mas a “boinha” estava há quase um ano aposentada, pois ultimamente não tenho tido muito tempo pra brincar no lago. Fiquei de testar o caiaque e avisar pra ele se podíamos arriscar a descer rios com o mesmo. Na mesma semana lá estava eu descendo 15km do Rio Passa Três com minha “bóia”. O bichinho aquentou bem e liguei pro Adriano avisando que encararia a empreitada.

O Adriano comprou um caiaque igual ao meu e veio na sexta feira da paixão experimentá-lo na mesma descida que eu tinha feito uma semana antes. Combinamos a descida pro dia 26/04 e começamos o planejamento. Por uma questão de logística, resolvemos descer da ponte do Rio Verde na BR 080 até o Povoado de Quebra Linha, às margens da BR 414, num total de 66km de rio, sendo 11km pelo Rio Verde e 55 pelo Rio Maranhão, um dos principais formadores do Rio Tocantins. E assim, no dia 26 às 17:00 horas, depois de pegar deixar um carro em Quebra Linha e outro em Assunção de Goiás e um táxi com o Augustinho até a ponte do Rio Verde na BR 080, lá estávamos nós iniciando a travessia ou “caiacada”, como queiram, com, como disse um amigo, nossos “caiaques de piscina”.

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O rio estava cheio e a água turva encobriu quase todas as pedras, deixando o rio rápido, mas infelizmente diminuindo as corredeiras. Remamos pouco mais de uma hora por um rio bonito, com matas vigorosas em suas margens e decidimos parar pra acampar. Como não havia bons locais devido ao grande volume de água, paramos na primeira clareira que encontramos. A subida pelo barranco foi meio tensa, atolamos até o joelho na lama. Apesar de ser um pouco inclinado, coube minha eterna companheira MH Sprite 1. O Adriano armou a rede dele e fomos jantar e conversar. O Adriano acabo se desequilibrando e caindo no rio, foi o momento risada. A lua nasceu cheia, linda e às 20:00 horas eu já estava roncando na barraca, segundo o Adriano, mas há controversas.

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Às 5:30 acordei e fiquei aguardando o nascer do sol. Após o café da manhã, às 07:30 caímos na água. Foi continuação do dia anterior, remada sem muitas corredeiras com mata preservada por todo lado. Próximo ao encontro com o Rio Maranhão, encontramos algumas redes de pesca e pescadores numa canoa. Assim que chegamos ao Rio Maranhão a intensidade de pescadores e redes de pesca aumentou absurdamente e o rio a toda hora formava cansativos remansos. E assim, após 10 horas de remada, com poucas paradas, incluindo uma pra almoço numa ilha repleta de rastros de capivaras e outra pra tentarmos ajudar um novilho atolado resolvemos parar pra acampar num local infinitamente melhor que o do dia anterior. Nessa noite conversamos até mais tarde.

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Pela manhã, fizemos tudo com mais preguiça, pois como tínhamos feito o trajeto conforme o planejado, estávamos com bastante tempo pra concluir nossa travessia.

 

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Caímos na água às 08:15 pro que seria o melhor e mais divertido dia da caiacada, com diversas corredeiras, inclusive duas cachoeirinhas de mais ou menos 1m de altura. Pouco depois das 11:30 do domingo, chegamos na ponte da BR 414 no povoado de Quebra Linha. De lá fomos pra Assunção de Goiás, onde almoçamos e já começamos a combinar a próxima “travessia aquática”.

Descricao do relato realizado pelo colega de aventuras Renato no site mochileiros.com

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